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Mudança no relógio e no organismo

Todo ano, durante a primavera e o verão, os brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal, precisam adiantar uma hora os relógios. É o início da temporada do horário de verão, tendo como meta aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia para reduzir o gasto de energia. O Governo Federal estima reduzir em 4,5% o consumo de energia no horário de pico, e alega que o horário de verão evita investimentos de cerca de R$ 4 bilhões ao ano, com mais geração e sistemas de eletricidade.

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Amados por uns e odiados por outros, as pessoas costumam ter opiniões diferentes sobre o usual ajuste de relógios. Em quanto para alguns isso significa apenas mais uma hora de dia claro, com maiores possibilidades de diversão após o expediente, para outras pessoas é sinônimo de sonolência e mau humor, pois dizem sofrerem para adaptar o organismo, ou seja, o relógio biológico.

Com a chegada do horário de verão não é só o sol que passa a se pôr mais tarde, causando reflexos na economia, mas também ocorre reação na saúde, já que a mudança interfere no ritmo circadiano do corpo humano. O relógio interno, acostumado com as 24 horas do dia, estranha quando ele tem apenas 23h, que sofre interferência dos fenômenos naturais e que influencia o sono, a fome, e até os aspectos psicológicos. O resultado é cansaço, a dificuldade de raciocínio e um grau incomum de ansiedade, de modo a interferir na realização de tarefas do cotidiano. Isto leva a problemas como déficit de atenção, acidentes de trânsito, discussões no trabalho, indisposição física, irritabilidade e sonolência.

Por que a mudança para o horário de verão afeta algumas pessoas e outras não? Isto vai depender da característica genética de cada um, pois as pessoas apresentam cronotipos diferentes. Algumas são do tipo matutino, com maior predisposição para realizar suas tarefas bem cedo, outras são vespertinas, ou seja, tendem a dormir tarde e acordam mais tarde.

De forma geral, o corpo humano leva aproximadamente sete dias para se adaptar à nova rotina, e já que não existe uma fórmula mágica para evitar o desconforto, vale apostar em algumas dicas de como se adaptar ao horário de verão.

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  • Estabeleça horários:

Organize seus horários nos primeiros dias, determine a melhor hora para realizar todas as tarefas do seu dia, pois assim será mais fácil de controlar a fome fora de hora e o cansaço.

  • Refeições leves e hidratação:

Faça refeições mais leves, rica em legumes e frutas, para que o sistema digestivo não precise trabalhar intensamente e absorva melhor os nutrientes. E beba bastante água, deve-se hidratar bastante ao longo do dia, já que a exposição a luminosidade será maior.

  • Organize seus pertences:

Procure deixar todas as suas coisas arrumadas para o dia seguinte, até que ocorra a adaptação do novo horário, leve em conta a possibilidade de perder a hora e se atrasar para seu compromissos.

  • Não exagere nos exercícios:

Faça exercícios com moderação. O ideal é reduzir o ritmo da atividade física nos primeiros dias para que o organismo se adapte às mudanças mais básicas inicialmente, como controle de temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e regulação do sono.

  • O ideal é dormir com as janelas abertas:

A luz do sol ajuda o corpo a reconhecer que o dia amanheceu, fazendo com que o despertar seja mais tranquilo.

  • Procure descansar:

Até sentir que o seu organismo está totalmente acostumado com a mudança, procure ir para cama mais cedo, as dificuldades de adaptação podem aumentar se for dormir mais tarde. Convites para sair e voltar tarde demais para casa também devem ser revistos, pois no dia seguinte, acordar pode ser muito complicado.

O horário de verão não é este grande vilão para o organismo, é só uma questão de adaptação. O impacto é leve e pode ser aliviado seguindo estas medidas acima. Aproveite o final de tarde e início de noite mais claros para fazer atividades prazerosas, contribuindo para o bem-estar físico e mental.

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